segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Promessa de um dia melhor



Todos nós temos problemas e todos nós passamos por fases menos boas na nossa vida.
Eu, infelizmente, nos últimos meses não tenho andado numa fase muito boa. Valem-me os amigos, que mesmo sem saberem do problema que me persegue há tempos, me dão forças todos os dias para continuar a sorrir. Há dias mais cinzentos que outros, mas o dia de hoje, que até estava a ser azul-marinho, ficou de repente negro como o carvão com uma frase que me está a fazer eco no pensamento.
Às vezes interrogo-me se terei feito tanto mal para merecer esta dor tão grande, este castigo.
De qualquer forma, agradeço a todos vocês, meus amigos do dia-a-dia, a força que incondicionalmente me transmitem.
Pode ser que o dia de amanhã seja mais azul-turquesa com cheiro a maças verdes…quem sabe a promessa de um dia melhor?

sábado, 27 de setembro de 2008

Regresso ao passado



Hoje, vinha no caminho para casa e começou a passar "Against all odds" do Phil Collins no rádio.
Há anos que não a ouvia. Senti-me culpada porque sempre foi uma das minhas músicas favoritas. Traz-me recordações de um tempo mais doce...menos agitado emocionalmente, mais tranquilo...
Às vezes queria ter uma máquina do tempo e voltar lá atrás...só um bocadinho...para poder reviver a doçura dessses tempos só mais uma vez.

Beijinhos a todos e bom fim de semana.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Lágrimas intemporais...

Hoje, quando procurava um velho livro na biblioteca, em casa, encontrei um caderninho onde costumava escrever alguns desabafos perdidos no meio da brancura de páginas por preencher. Abri ao acaso e nem de propósito o texto que escrevi há mais de 15 anos dizia assim:

"Irónica esta vida que nunca nos satisfaz e que na maioria das vezes não nos dá aquilo que procuramos alcançar, talvez porque...Sei lá...
Como vou eu, uma simples criatura, tentar explicar o porquê das coisas, principalmente daquelas que nos fazem sofrer.
Todos procuramos o paraíso perdido, talvez por isso seja tão apetecível. O fruto proibido sabe sempre tão bem e tem sempre outro sabor. O sabor do oculto que no fundo todos procuramos desvendar. Oculto, esse não sei quê, que surge não sei quando. Tudo se desvanece tão depressa como um flash, como um...
O que sei é que tudo leva ao mesmo caminho, à mesma conclusão, à única alternativa…o amor…
Pena que esse amor ao ser o início de um sentimento que faz mover terras e mares, que faz derreter o mais gélido dos corações, seja por vezes triste e doloroso.
Um poeta disse: “O amor quando verdadeiro, é mais forte que a morte…”
Será que é mesmo assim? O amor pode vencer a distância? A saudade? A angústia de uma cama vazia? De um acordar só?”

Engraçado como os episódios que nos marcam na vida teimam em repetir-se vezes sem conta. É um ciclo vicioso, dolorido…que corrói e seca por dentro…ou estarei a ser mais uma vez uma tolo romântica e desiludida?

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

51 coisas boas da vida...


Aqui estão algumas das coisas boas que a vida nos dá. Se achares que falta alguma não te esqueças de acrescentar:

1. Apaixonar-se.

2. Rir tanto até que as faces doam.

3. Um duche quente num Inverno frio.

4. Um supermercado sem filas nas caixas.

5. Um olhar especial.

6. Receber correio (pode ser electrónico.....)

7. Conduzir numa estrada linda.

8. Ouvir a nossa música preferida no rádio.

9. Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.

10. Toalhas quentes acabadas de serem engomadas...

11. Encontrar a camisola que se quer em saldo a metade do preço.

12. Batido de chocolate (baunilha ou morango).

13. Uma chamada de longa distância.

14. Um banho de espuma.

15...Rir baixinho.

16. Uma boa conversa.

17. A praia.

18. Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o último Inverno.

19. Rir-se de si mesmo.

20. Chamadas à meia-noite que duram horas.

21. Correr entre os jactos de água de um aspersor.

22. Rir por nenhuma razão especial.

23. Alguém que te diz que és especial.

24. Rir de uma anedota que vem à memória.

25. Amigos.

26. Ouvir acidentalmente alguém dizer bem de nós.

27. Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.

28. O primeiro beijo.

29. Fazer novos amigos ou passar tempo com os velhos.

30. Brincar com um cãozinho.

31. Haver alguém a mexer-te no cabelo.

32. Belos sonhos.

33. Chocolate quente.

34. Fazer-se à estrada com os amigos.

35. Balancear-se num baloiço.

36. Embrulhar presentes sob a árvore de Natal comendo chocolates e bebendo a bebida favorita.

37. Letra de canções na capa do CD para podermos cantá-las sem nos sentirmos estúpidos.

38. Ir a um bom concerto.

39. Trocar um olhar com um belo/a desconhecido/a.

40. Ganhar um jogo renhido.

41. Fazer bolachas de chocolate.

42. Receber de amigos biscoitos feitos em casa.

43. Passar tempo com amigos íntimos.

44. Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos amigos.

45. Andar de mão dada com quem gostamos.

46. Encontrar por acaso um velho amigo e ver que algumas coisas ( boas ou más) nunca mudam.

47. Patinar sem cair.

48. Observar o contentamento de alguem que está a abrir um presenteque lhe ofereceste.

49. Ver o nascer do sol.

50. Levantar-se da cama todas as manhãs e agradecer outro belo dia.

51.Ter um blog e fazer amigos maravilhosos...Vocês...




segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A tradição já não é o que era...ainda bem!!!


Por causa dos acontecimentos do último fim-de-semana vieram-me à cabeça certas coisas a que a tradição obriga e com as quais, felizmente, já não temos que lidar…

Detesto ir a funerais...Quando era pequena, no Alentejo, na linda vila de Pias onde vivia na altura, era tradição que os filhos e os netos beijassem os mortos antes de fecharem o caixão. Quando tinha cinco anos, o meu avô paterno morreu e obrigaram-me a beijá-lo. Durante semanas acordava de noite aos gritos com pesadelos horríveis. Contam-se pelos dedos de uma mão, e sobram, o número de funerais a que assisti em toda a minha vida...

Outra tradição que nunca entendi é a dos touros de morte. Durante muitos anos vivi em Moura, uma linda cidade no Alentejo, de estilo árabe, se calhar daí a minha paixão pela Tunísia, bem perto da fronteira com a Espanha. A poucos quilómetros dali, numa não menos bonita vila, Barrancos, onde se fala barranquenho, uma mistura de português com espanhol, que é já considerado um dialecto: "Barranco à aumentau, tiene una estrada de ierro e una ponte de pau", era costume nas festas anuais haver os ditos touros de morte.

Nesta pacata vila, têm o hábito de convidar toureiros espanhóis para preconizar as touradas  onde o touro é morto a sangue frio e vendido à população que delira com as sandes de carne assada de boi...

Tradições à parte, mas para mim, defensora exímia dos direitos dos animais, isto é nada mais que um delírio colectivo sobre uma carnificina. Haja pudor e respeito pela vida…

Aqui há uns anos, assisti na televisão a uma reportagem em que numa determinada aldeia ou vila, lá para o norte, havia um dia no ano, em que era tradição todos fumarem um cigarrito. Atenção, porque quando digo todos, são mesmo todos, crianças inclusive...

Sem comentários...

 Isto quer dizer o quê?

Que em nome da tradição se podem fazer as maiores aberrações sem que ninguém aponte o dedo?

E se um dia passar a ser tradição circuncidar as mulheres como se faz, ainda, em certas tribos de África? Ou se as mulheres que não casarem virgens voltarem a ser apedrejadas em praça pública, como em certos países? Não há problema?

Qual o verdadeiro valor da tradição?

A tradição quase me atirou para uma cadeira de psiquiatria...era bonito ver cumprir a tradição da neta pequenina, coitadinha, dar o beijo de despedida ao seu avô, já cadáver...

 Meu Deus, tradição? Eu diria aberração!

sábado, 20 de setembro de 2008

Sombras



Hoje, uma colega de quem gosto muito perdeu alguém muito especial, alguém com quem partilhou grande parte da sua vida.
Nestas alturas vem-me sempre à cabeça uma frase de Agostinho da Silva "sofremos muito com a morte porque a única experiência que temos dela é a dor da perda de alguém".
Nandinha, minha querida, apesar de não haver certezas de nada tenho a certeza que nesta altura ele estará bem melhor, sem dor, sem sofrimento...

Força, querida, esta é para ti!Um beijo grande!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"She drives me crazy..."


Às vezes tenho esse efeito nas pessoas. Não gostam???
Chatice do caraças,eh,eh,eh...

Beijinhos a todos e um super fim de semana.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Voar...


Ele tem andado triste e angustiado por uma série de entraves que a vida lhe colocou.

Quando falo com alguém com quem tenho uma certa empatia e sinto que essa pessoa não está bem, fico triste.  

É nessa altura que gostava de ter asas e voar para junto dessa pessoa e dar-lhe um abraço bem forte, ficar ali pertinho dele, em silêncio, e partilhar a sua tristeza ou ao menos tentar aliviar um bocadinho o peso que lhe carrega a alma.

Sempre fui assim desde pequena. Sempre partilhei as tristezas dos meus amigos como se fossem minhas.

Fui criada como filha única, apesar de ter um irmão mais velho (isso é história para outro post), por isso, desde pequena sempre me senti muito sozinha. Encontrava nos meus amigos a companhia que me faltava nas horas difíceis, nas horas alegres, em todas as horas... Talvez por isso sofresse horrores quando por algum motivo alguma das minhas amizades "terminava"....

Felizmente, sempre tive muita facilidade em fazer amigos, talvez porque quem me conhece percebe que gosto de preservá-los e de acarinhá-los.

Hoje, na escola, à hora do lanche, a minha colega do ensino especial dizia que alguém, já não me lembro quem, gostava muito de demonstrar o carinho que sente pelos outros através do toque mas que nem todos vêem essa aproximação de bom agrado, talvez porque não estão habituados a receber gestos de carinho.

Engraçado, porque eu também já fui assim. Quando alguém de quem eu gostava, chegava perto de mim para falar, ou simplesmente para dizer "Olá", fazia questão de lhe demonstrar o meu carinho por ela. Sou uma pessoa de muitos afectos, sempre fui...

Mas a partir de uma certa altura da minha vida, decidi que não devia mais fazê-lo, achei que devia acabar com esses afectos e essas formas de demonstração de carinho. Cheguei à conclusão que as pessoas não mereciam que o fizesse, fiquei triste com esta decisão, mas era o melhor para não sofrer mais desilusões.

Hoje em dia os grandes merecedores do meu carinho são as crianças que me rodeiam.

Um dia, o ano passado, fiquei chocada com uma colega, que se diz grande pedagoga, quando um menino do 1º ano lhe pediu um abraço e ela o enxotou como se fosse um bicho nojento e mal cheiroso. Tive que me morder por dentro para não me caírem as lágrimas. Como é possível negar um carinho a uma criança, não consigo perceber...

Hoje, quando voltava para casa, no rádio tocava uma música da Sara Tavares, de quem gosto muito...

Deixo-vos um bocadinho da letra, faz-me pensar na angústia da acordar para a crua realidade e perder a capacidade de sonhar e "voar"... para junto os meus amigos.

 

"Quem diria ao sol,

que viria me beijar

e que as estrelas do céu ,

brilhariam no meu olhar.

 

E não quero... acordar,

tenho medo, de deixar... de sonhar...

 

O sonho acabou, a realidade começou,

ponho os pés no chão,

dou vitória à razão,

e não quero acordar...

Tenho medo, de deixar de sonhar..."

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O primeiro dia!


Hoje foi o primeiro dia de aulas para milhares de crianças, pais e...professores.

Ouve-se falar na televisão da angústia dos pais ao irem levar os seus filhos pela primeira vez à escola, no Síndrome Pós-férias (agora é chique ter isso), nas dificuldades que os pais têm em conciliar os horários da escola com os seus, blá, blá, blá...

Tudo só alunos e pais, pais e alunos. E os professores, pergunto eu, alguém pensa neles?

Este ano, para os que não sabem, inicia-se um novo modelo de avaliação de professores. Até aqui tudo bem. Sou grande defensora da avaliação dos professores num molde diferente ao do passado.Sim, porque ao contrário da ideia que se faz passar, há muito tempo que os professores são avaliados. Sempre fomos obrigados a fazer formação contínua, a apresentar créditos e relatório sobre as actividades que desenvolvíamos com os nossos alunos, caso contrário não subiamos na carreira.

É claro que nem todos eram muito, vejamos... "correctos" nas coisas que relatavam, mas lá que todos éramos avaliados, lá isso éramos.

Agora, vemo-nos com aulas assistidas por colegas nossos, que não têm que ser necessariamente mais competentes, e avaliados pelos mesmos.

Voltámos por assim dizer aos tempos de estágio com aulas assistidas e todos os nossos passos vistos à lupa. Se o teu método de ensino é inovador e o avaliador não vai em modernices, estás tramado, se o teu avaliador é todo p'rá frentex e tu até achas que o velho método analítico sintético (b+a=ba) até continua a ser o melhor para ensinar a ler e escrever estás igualmente lixado.

Preso por ter cão e preso por não ter.Hoje também foi por isso o nosso primeiro dia... do resto das nossas carreiras, para não dizer das nossas vidas...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A palavra Saudade...


Quem me acompanha há já algum tempo, já percebeu de certeza que aqui no meu cantinho escrevo sobre o meu dia a dia, as minhas alegrias, tristezas, angústias...Escrevo para mim e sobre mim, não sou dada a grandes filosofias, análises, teorias da conspiração...
Este é o meu diário de bordo, o meu caderninho virtual, como lhe chamou um colega há dias, o sitio onde desabafo. Se como acréscimo tenho pessoas que gostam de me visitar e de partilhar comigo as suas opiniões e muitas vezes deixar o seu carinho e apoio, então posso dizer que o meu cantinho ultrapassou s minhas expectativas.
Desta forma, faço questão de visitar todos os que aparecem para dizer "Olá" e tenho como regra deixar o meu comentário para que saibam que lá estive, gosto de retribuir esse gesto.
Por isso, hoje vou partilhar um momento de alegria connvosco.
Como de certo já se aperceberam, ultimamente ando a passar por uma fase menos boa. São mais os momentos de tristeza que de alegria, há fases assim...
Já perceberam também que sou muito ligada às pessoas, principalmente aos meus amigos, todos eles, sem excepção...São a minha grande paixão, os meus amigos, os verdadeiros, claro, porque os outros não são amigos, são conhecidos.
Ontem quando abri o meu mail, tinha lá uma mensagem de uma amiga de infância que não vejo há mais de 7 anos, desde o dia do seu casamento.
Dizia que costumava visitar o meu blog e que assim me ia acompanhando:"(...)consigo sempre "matar" algumas saudades das nossas conversas".
Fiquei tão contente, nem fazem ideia!
Eu e a minha amiga viviamos na mesma cidade no Alentejo, andámos juntas na escola, fomos juntas para a universidade e partilhámos muitos momentos felizes e outros menos felizes...Ela foi um apoio enorme quando o destino me pregou uma rasteira, lembraste?
Tenho uma frase que gosto muito de referir em determinadas ocasiões, não sei quem é o seu autor :"Quem inventou a distância, não conhecia a saudade!"
Tenho saudades do meu Alentejo, dos meus amigos de infância, dos amigos que fui fazendo ao longo da vida, das parvoíces que faziamos juntos, da cumplicidade, do apoio incondicional que davamos uns aos outros. A vida separou-nos a todos, cada um seguiu um caminho diferente, mas de vez em quando lá vem uma encruzilhada e os nossos passos voltam a cruzar-se. É uma felicidade enorme quando isso acontece. Para todos vocês que fazem ou fizeram parte da minha vida um beijo enorme e um abracinho bem quentinho e apertado. GOSTO MUITO DE TODOS VOCÊS!

P.S. Já agora que estou numa de reviver o passado, ofereço-vos mais uma foto da pequena Zabour na sua terra natal, Angola, um bocadinho chorona, como me estou a sentir hoje, ao colo do seu pai.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Maktub


Quando era pequenita pensei que quando crescesse seria uma bailarina ou talvez artista de cinema.
À medida que os anos foram passando cheguei à conclusão que se calhar não ia ser tão fácil como pensava. Dei-me conta que o simples facto de viver numa pequena cidade no interior do Alentejo não ajudava lá muito.
Então decidi que tinha que ser alguma coisa que me desse muito prazer fazer como arquitectura, decoração ou engenharia. Quando cheguei ao 7º ano, outro entrave, o meu professor de matemática que ao invés de ensinar ia para a sala de aula curtir as ressacas da noite anterior. Desmotivei por completo, como na altura ainda não havia a moda das explicações, lá baixei a minha nota e com ela a vontade e gosto que tinha pelos números.
Mais tarde, pensei em direito. Sempre fui uma grande defensora dos oprimidos, nada melhor que dedicar-me de corpo e alma aos mais necessitados.Pois, também não foi desta, deparei-me com uma coisa que detesto até hoje, filosofia...bah!!!!
Um dia, o intervalo, um colega de turma pediu-me que o ajudasse a estudar para psicologia. Acreditam que teve uma nota melhor que a minha? Nem queria acreditar, fiquei incrédula e fui ter com a professora:
-Ó stôra, como é possível que o Rui tenha melhor nota que eu se fui eu que o ajudei a estudar?
-Isso só prova que és melhor professora que aluna.-respondeu-me ela a sorrir.
Foi assim que juntei o útil ao agradável e como tinha um gosto enorme por línguas e literatura, lá fui eu para a faculdade para tirar o curso de professora.
Desde que acabei o meu curso que não me imaginava a fazer outra coisa que não fosse ensinar. Agora começo a ter dúvidas se realmente terei feito o mais correcto. É que hoje em dia a pedagogia está em segundo plano na mente dos nossos governantes e as coisas que nos exigem só têm importância para as estatísticas que eles teimam em exibir.
Apesar de estar à pouco mais de uma década ligada ao ensino, sinto já saudades do tempo que o interessava era acima de tudo estar com os alunos, partilhar saberes, aprender com eles, rir, chorar,correr, saltar...
Tenho alunos que já estão na faculdade que ainda hoje me ligam:
-Tou, stôra, é só para te dizer que tenho saudades tuas, quando é que apareces?
No outro dia um deles apanhou-me no msn e disse-me:
-Sabes que foto tenho aqui no meu ambiente de trabalho? A nossa foto de grupo do primeiro ano!
As lágrimas cairam-me como uma cascata...
Voltei a ter esperança que um dia será bom voltar a ser professor neste país porque para eles, os únicos que importam, os nossos alunos, continuamos a fazer diferença  e a marcar as suas vidas.
Maktub, estava escrito...

P.S.-Já agora um exercício prático:"Quem será a linda nenuquita que está ao colo da bela e meiga ama Rosita?"

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Nó na garganta...



De repente há um cheiro, um som, uma palavra, uma frase que nos transporta ao passado e nos trás de volta a dor que senti naquele dia em que parti sem dizer: "Até amanhã!"

sábado, 6 de setembro de 2008

Mamma Mia



Hoje fui ao cinema ver o filme Mamma Mia, um filme delicioso que colocou uma plateia inteira a bater palmas e a dançar.
Já me tinha esquecido como a música dos Abba era empolgante. Enjoy...
Bom fim de semana a todos!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Desacordo Ortográfico

Aqui há tempos numa reunião dei-me conta que nem todas as pessoas se aperceberam ainda de como o acordo ortográfico vai alterar a forma como escrevemos. O acordo assinado em 1990 entre os sete países de língua oficial portuguesa de então, estabelece normas ortográficas, ou seja regras de como escrever palavras.

Muitas pessoas fazem uma ideia completamente errada do que é o Acordo Ortográfico. Com a maior das leviandades dizem disparates inconcebíveis sobre o acordo, que outros repetem como autênticos papagaios. 

O Acordo Ortográfico :

-não altera a pronúncia de qualquer palavra;

-não cria nem elimina palavras;

-não altera o significado das mesmas;

-não elimina na  palavra uma letra que se leia;

-não estabelece regras de sintaxe;

-a grafia das palavras passa a ser regulamentada nos países de língua ofícial portuguesa por uma única norma.

De forma que, daqui a uns anos, quando os vossos filhos, netos, bisnetos, sobrinhos, filhos dos amigos... chegarem  da escola com uma bela nota a um texto pleno de erros, no vosso entender, claro, ele vai estar na realidade de acordo com o novo Acordo Ortográfico. Deixo-vos o exemplo,eh,eh,eh...


CAPUCHINHO VERMELHO

"Tás a ver uma dama com um gorro vermelho? Yah, essa cena! A pita foi obrigada pela kota dela a ir à toca da velha levar umas cenas, pq a velha tava a bater mal, tázaver? E então disse-lhe: 
- Ouve, nem te passes! Népia dessa cena de ires pelo refundido das árvores, que salta-te um meco marado dos cornos para a frente e depois tenho a bófia à cola! 
Pá, a pita enfia a carapuça e vai na descontra pela estrada, mas a toca da velha era bué longe, e a pita cagou na cena da kota dela e enfiou-se pelo bosque. Népia de mitra, na boa e tal, curtindo o som do iPod... 
É então que, ouve lá, salta um baita dog marado, todo chinado e bué ugly mêmo, que vira-se pa ela e grita: 
- Yoo, tá td? Dd tc? 
- Tásse... do gueto ali! E tu... tásse? - Disse a pita 
- Yah! E atão, q se faz? 
- Seca, man! Vou levar o pacote à velha que mora ao fundo da track, que tá kuma moka do camano! 
- Marado, marado!... Bute ripar uma até lá? 
- Epá, má onda, tázaver? A minha cota não curte dessas cenas e põe-me de pildra se me cata... 
- Dasse, a cota não tá aqui, dama! Bute ripar até à casa da tua velha, até te dou avanço, só naquela da curtição. Sem guita ao barulho nem nada. 
- Yah prontes, na boa. Vais levar um baile katéte passas!!! 
E lá riparam. Só que o dog enfiou-se por um short no meio do mato e chegou à toca da velha na maior, com bué avanço, tázaver? Manda um toque na porta, a velha "quem é e o camano" e ele "ah e tal, e não sei quê, que eu sou a pita do gorro vermelho, e na na na...". A velha abre a porta e PIMBA, o dog papa-a toda... Mas mesmo, abre a bocarra e o camano e até chuchou os dedos... 
O mano chega, vai ao móvel da velha, saca uma shirt assim mêmo à velha que a meca tinha lá, mete uns glasses na tromba e enfia-se no VL... o gajo tava bué abichanado mêmo, mas a larica era muita e a pita era à maneira, tásaver? 
A pita chega, e tal, e malha na porta da velha. 
- Basa aí cá pa dentro! - Grita o dog. 
- Yo velhita, tásse? 
- Tásse e tal, cuma moca do camâno... mas na boa... 
- Toma esta cena, pa mamares-te toda aí... 
- Bacano, pa ver se trato esta cena. 
- Pá, mica uma cena: pa ké esses baita olhos, man? 
- Pá, pa micar melhor a cena, tázaver? 
- Yah, yah... E os abanos, bué da bigs, pa ke é? 
- Pá, pa poder controlar melhor a cena à volta, tázaver? 
- Yah, bacano... e essa cremalheira toda janada e bué big? Pa que é a cena?
- É PA CHINAR ESSE CORPO TODO!!! GRRRRRRRR!!!! 
E o dog manda-se à pita, naquela mêmo de a engolir, né? Só que a pita dá-lhe à brava na capoeira e saca um back-kick mesmo directo aos tomates do man e basa porta fora! Vai pela rua aos berros e tal, o dog vem atrás e dá-lhe um ganda-baite, pimba, mêmo nas nalgas, e quando vai pa engolir a gaja aparece um meco daqueles que corta as cenas cum serrote, saca de machado e afinfa-lhe mêmo nos cornos. O dog kinou logo ali, o mano china a belly do dog e saca de lá a velha toda cheia da nhanha. Ina man, e a malta a gregoriar-se toda!!! 
E prontes, já tá..."

Foi bom p'ra ti???Ya, tásse...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Racismo???Nunca!!!!!



...e das nossas vidas!
O respeito por todas as raças é fundamental para uma boa convivência entre os homens.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Sonhos de menina...

Saí do ginásio e fui sentar-me numa esplanada com vista para o mar.
Apesar da bandeira estar amarela, para lá da rebentação o mar parecia uma piscina de tão calmo e a sua cor prateada, reflectida do céu, fazia com que parecesse um espelho no qual se puderia ver a nossa alma.
Não resisti, levantei-me e caminhei pelo vasto areal da Praia da Claridade, o mar estava ali à minha espera.

Perto da rebentação, sentei-me...



Todo aquele espectáculo natural emocionou-me tanto que as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.
Pensei na minha vida, no que havia feito com ela, nos sonhos que ainda não consegui realizar, os que não passaram disso mesmo...sonhos...
Quando era pequena sonhava subir ao cume dos Himalaias só para poder gritar, sonhava visitar o Nepal para andar de lama, sonhava ser mãe de gémeos, sonhava que daí a 30 anos ainda teria todos os meus amigos perto de mim e que seria a pessoa mais feliz do mundo...
Olhei para a minha vida e dei-me conta que os meus sonhos de agora são outros...poucos se mantiveram.Fiquei com pena por terem perdido a importância que lhes dava então. Quando somos crianças pensamos que o mundo se resume aos nossos sonhos e às nossas vontades.
Sonhamos acordados sem nos darmos conta que muito do que sonhamos jamais se irá realizar. As nossas preocupações resumem-se a coisas que hoje, adultos, consideramos banais.
Esquecemos do quanto esses sonhos nos fizeram felizes de verdade.

Tu aí!Lembraste dos teus sonhos de menina/o?


"Eles não sabem que o sonho comanda a vida"

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Treinadores de bancada!!!!


Hoje fiquei furiosa!
Em conversa com alguém que me é muito próximo tive o seguinte diálogo:

Pessoa:Olha, sabias que o .... costuma ir espreitar ao teu blog?
Eu:A sério? E então?
Pessoa: Pois ele diz que tens lá muitos erros ortográficos e que não devias falar sobre certas coisas!
Eu: Olha que lata! Mas afinal se tenho lá tantos erros e se ele acha que não devo falar sobre certas coisas porque é que ele lá vai?
Pessoa: Sei lá!


Então, aqui vai a resposta para esse querido...

Meu lindo! Quando pensei criar o meu blog, foi para mim que o fiz. O facto de o ter comunicado a certas pessoas foi porque queria que elas partilhassem comigo algo que era só meu e onde eu falava de coisas que me iam na alma.
Não foi para me exibir, nem para falar da vida dos outros. O facto de ter aqui encontrado pessoas interessantes e que me visitam foi para mim uma agradável surpresa e eu gosto de retribuir o carinho que essas pessoas têm demonstrado por mim apesar de não me conhecerem de lado nenhum.
Quem me conhece pessoalmente sabe que eu sou assim, muito emotiva, uma verdadeira espalha brasas mas que procuro respeitar sempre o próximo.
Cada vez me convenço mais que tu realmente não me conheces, que nem sabes quem eu sou...
Ao contrário de ti, não vivo com a cabeça nas nuvens à espera que os outros resolvam os meus problemas...
Quantos aos erros, se encontrares algum, sê homem e deixa um coment a dizer:" Tens aqui um erro!"
Apesar de ser licenciada em letras (sim, estou a esfregar-te o diploma nas fuças) , errar é humano, e pode sempre haver um ou outro erro que por distracção me passe completamente...Mas daí a andares a dizer que os meus post(s) estão cheios de erros...amigo, se calhar tu é que não sabes escrever, até porque tens uma letra que ninguém percebe. Mas vê lá, se precisares sempre te posso ensinar a ler e a escrever, se os garotos aprendem, se calhar, tu também és capaz de aprender, digo eu!
Quanto ao eu escrever sobre coisas que não devo, deixa-me dizer:"AH!AH!AH!". É mesmo o que faltava era escrever sobre o que TU queres que escreva! O blog é MEU! I'm the Queen and master of the place!!!
Se eu quiser escrever sobre a merda que caguei hoje não tens nada a ver com isso!You know what I mean ou é preciso fazer um desenho?
Isto de ser treinador de bancada tem o que se lhe diga, mas também vindo de uma pessoa como tu não é para admirar.

Faz-me um favor:

NÃO VOLTES CÁ ANTES QUE A MERDA QUE EU ESCREVO TE VÁ PARAR ÀS TROMBAS!!!!!


Nota de autor:As minhas desculpas para os restantes, mas há coisas que me tiram do sério!