quarta-feira, 30 de julho de 2008

Perguntas estapafurdicas

Há coisas a que não damos importância mas às quais não sabemos responder. Senão, reparem:
  • Porque é que...

... fechamos os olhos quando espirramos?

... a toalha fica suja quando nos limparmos nela após o banho?

... ao ultrapassar um carro olhamos sempre para quem vai lá dentro?

... ao parar no semáforo baixamos o som do rádio?

... quando alguém boceja, todos começam a abrir a boca?

... nos sentimos tão velhos no dia do nosso aniversário se afinal só temos mais um dia que o anterior?

...choramos desalmadamente quando descascamos uma cebola?


... ligamos para casa de um amigo e perguntamos: "Onde estás?";

... estou aqui colada ao pc em vez de ir para a praia aproveitar o dia fantástico que está lá fora?

Se alguém tiver mais perguntas às quais não encontre resposta, por favor, diga qualquer coisinha. A malta agradece...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Dez coisas que mais detesto...em ti


No outro dia li num post da minha amiga Safira, um desafio que ela colocada a si própria: "As dez coisas que mais lhe dava prazer fazer". Achei uma ideia interessante...Hoje proponho-me a fazer também um desafio a mim própria, em moldes diferentes...

"As dez coisas que mais detesto em ti."

Aqui há tempos vi um filme com este título, a ideia pareceu-me interessante, mas atenção aos leitores mais atentos, esta 2ª pessoa do singular pode ser qualquer um de vós...

1º-Destesto que comeces a falar e depois digas "esquece". Quando se inicia uma frase que não se faz tenções de terminar, mais vale estar calado, não se pode estar à espera que a outra pessoa ajude ou compreenda se lhe pedes para esquecer aquilo que ela não tem a mínima ideia do que se trata;

2º-Destesto hipocrisia. Se não gosto de alguém, por favor não me peças para fazer o frete de ter que gramar com essa pessoa, seja onde for e quem for. Não tenho feitio para isso! Até posso ser politicamente correcta e educada, sim isso sempre, mas pedir-me para fazer o esforço sobrehumano de aturar e dar risinhos a uma pessoa que não tolero. Sorry, no can do!

3º-Detesto ter que dizer "Bom dia!" com um ar super sorridente a qualquer pessoa logo de manhã, ao acordar. Malta, todo o ser humano depois de acordar precisa de um tempo para se habituar ao novo estado. Um sorriso pespsodente flúor às 7 da manhã, nem aqui nem na China.

4º-Não me digas "Já vou!" depois de te pedir pela milésima vez que me ajudes a fazer qualquer coisa. Não há nem anjo nem paciência que aguente estar a pedir quase de joelhos para que me auxilies a fazer algo e ouvir essa frase que me fere os ouvidos. Ou ajudas ou não. "Já vou!" não é uma resposta aceitável, principalmente passado meia hora.

5º-Esta é para uma certa 2ª pessoa no singular, no masculino: Se a sanita vem com tampa é para que a utilizes e a baixes depois de usar. Não me parece que a posição normal da tampa da sanita seja para cima. Corre no mínimo o risco de se espalharem as bactérias e cheiros daí provenientes, para já não falar que é inestético ao olhar, fere a vista.

6º-Detesto que me digas "Estás mais gordinha", como se o diminutivo da palavra ferisse menos o estado da alma já perturbado com a miragem à frente do espelho. Tenho por ventura culpa de terem inventado novos gelados com bolacha crocante no MacDonalds ou pão ser tão bom com tudo ou sem nada? Tenho????Responde?

7º-E quando falas daquela "gaja" boazona lá do sitio, que é o sonho de qualquer homem? Já pensaste que eu, mulher (e isto é para qualquer uma de nós) não tenho culpa da mãe natureza ter sido tão generosa com umas e tão fuinha com outras? Não é a beleza interior que conta? Ou deveria contar?

8º-E aquele amigo que só se lembra de nós quando precisa de uma ajudinha, de preferência monetária? Olha bem para mim! "Sou verde? Tenho luzes a picar?" Dah...

9º-Mas o que mais detesto é que insistas que já não queres fazer parte da minha vida. Como é possível que alguém que já foi a minha cara metade, o/a meu/minha amigo/a do peito, o amor da minha vida, o/a companheiro/a de folias, de copos, dos momentos mais secretos e mais intímos me peça, quase ordene que o/a esqueça? Penso que nem Piagget nem Freud conseguem explicar esta faceta macabra do ser humano.

10º-At last but not least...O que mais detesto é amar, assim, sem poder ou conseguir resistir a todas as coisas da vida que depois me podem fazer sofrer por saber que um dia deixarão de estar ali e que a tua presença, o teu olhar para sempre ficará no meu pensamento e no meu coração, mas sem o toque da tua pele, sem o som do teu sorriso numa bela tarde de Primavera, sentados à beira mar, onde tantas vezes juntos(as) partilhamos segredos, angústias...nos rimos das nossas asneiras, flirtes e devaneios....


E mais detestável ainda será viver sem ti, raio de sol que iluminas o deserto e beijas a minha pele numa tarde soalheira de Verão!!!

sábado, 26 de julho de 2008

Bicharada de duas asas e algumas barbatanas...

Já vos falei dos meus bichos de quatro patas. Para evitar ciumeira, achei por bem escrever um post sobre os meus não menos importantes bichos de 2 asas e algumas barbatanas que é como quem diz, os meus pássaros e os meus peixinhos. Desde pequena que sempre tive uma enorme paixão por animais, não por todos, é certo, mas por cães, gatos, peixes, ursos...
Quando tinha mais ou menos quinze anos tive o prazer de passear durante uma tarde com um leão bebé ao colo.

Era a mascote do circo da feira de Setembro, em Moura. Eu e a minha amiga Elizabete namorámos o pequenino desde o primeiro dia em que o vimos ao pé da sua mãe. Acho que o dono do circo se apercebeu logo de imediato do fascínio que sentimos ao ver aquela criatura tão linda.


Um dia, quando falávamos com o filho mais novo do Big Boss, que era mais ou menos da nossa idade, ele, o dono, aproximou-se de nós e disse: "Raúl, pega no leão bebé e vai passear um bocado com estas meninas enquanto fazemos o ensaio com a mãe!"

Nem queriamos acreditar!!!Passeamos todo a tarde pelas ruas estreias da vila, vaidosas da nossa pequena mascote. Todos ficavam admirados ao nos ver passar e ele, o pequenote, parecia já entender que era uma estrela e colocava-se em posição de destaque no nosso colo.



Foi uma tarde inesquecível.Mas não pensem que gosto de todos os animais. Há aqueles que eu ainda hoje não entendo o motivo da sua existência, cobras, lagartos e tudo o que rasteja , são de facto bicharocos que não me atraem de todo, ught, só de pensar me arrepio.

O ano passado, no jardim zoológico, na Tunísia, tive um encontro imediato com alguns desses bicharocos, ao longe claro, porque se vê-los detrás dos vidros já me arrepia, imaginem perto de mim a tocar-me...é que nem pensar! R grande susto, não foi?
Mas, os meus bichinhos são diferentes. Tenho agarpónis, canários, periquitos, canários moçambicanos e peixinhos de aquário, 2 sobreviventes que encho de comida todos os dias com medo que morram à fome, apesar de me dizerem que só os devia alimentar 1 vez por semana...imaginem, coitados, vocês gostavam de comer só uma vez por semana?


A minha mãe sempre me disse que não queria pássaros em casa, que dão muito trabalho, que quando tivesse a minha casa que cuidasse deles. E foi o que fiz...


Levanto-me todos os dias mais cedo uma hora para deixar a bicheza toda preparada. Mudar a água dos bebedouros, das banheiras, colocar ração, papa amarela, pedaços de maçã...Enfim, uma parafernália de coisas que já tenho sistematizadas e que não custam nada. Aliás, eu diria que é a minha terapia matinal, para começar bem o dia.


Aqui há anos, deram-me um hamster, o Guterres, não se riam, quem mo ofereceu fez questão de o baptizar assim, não tenho responsabilidade sobre isso. Na primeira semana andava nos meus braços, no ombro...depois de ir passar o fim de semana a casa, no Alentejo, a viagem parece que não correu muito bem, tornou-se num serial killer. Ai de quem ousasse perturbar o seu descanso, tocar-lhe ou invadir os seus aposentos, levava uma trinca raivosa que levava dias a sarar e doía como o raio. Que o diga o meu dedinho que ainda tem uma microscópica cicatriz da fúria do bicho.


Morreu quando me mudei para a Figueira, quase ao mesmo tempo da minha Teresa Vanessa, de quem já vos falei noutro post. Foi um mês muito triste...

Bem, tristezas à parte, aqui vos deixo com os meus pequenitos, os que faltava mostrar. Espero que gostem!
P.S. Ficou a faltar a foto dos canários que são uns verdadeiros Pavarotis, mas os gajos não ficavam quietos e não me pareceu bem colocar aqui uma foto de uma manchas amarelas e cor de fogo. Também faltam os gatos, que são uns interesseiros e só aparecem quando têm fome. Mas esses têm 4 patas, por isso fica para a próxima!

A minha quintinha


Aqui há dias, quando por motivos que agora não são para aqui chamados, tive que me ausentar do trabalho, houve quem ficasse surpreendido quando disse que morava numa quinta.



Acho que até acho que eu estava a brincar com a situação e fez uma ou outra piada...Como se viver numa quinta fosse alguma coisa do outro mundo...

No dicionário de Língua Portuguesa diz assim: Quinta- propriedade rústica, cercada ou não de árvores, com terra de semeadura e , geralmente, casa de habitação.



Não conseguia perceber qual era a surpresa de viver numa quinta.

Vejamos por partes: não se trata de uma quinta do género do Brasil...não tem cavalos, aparecem por cá de vez em quando uns burros de duas patas, mas isso era assunto para outro post.


Tem muito terreno para a tal "semeadura" que a minha mãe trata com enorme estima e dedicação, sim porque os homens cá de casa só sabem mostrar o que as mulheres fazem, mas isso também era assunto para outro post...


Tem casa de habitação, que me dá uma trabalheira de tão grande que é...tem jardim, e os recantos maravilhosos que eu vou criando sempre que tenho um tempinho livre para deixar fluir a minha imaginação.



Recantos onde me escondo e saboreio um belo entardecer na companhia dos meus babaus, sempre tão companheiros.
É claro que não ando para ai a apregoar "Olha vivo numa quinta!". O meu espaço é inviolável, livre de invejas, olhares e pragas...essas só de caracóis, e algumas melgas que teimam em aparecer de quando em quando, devem ser familiares dos burros lá de cima, mas isso já sabem dava outro post...

Qual seria então a surpresa de viver numa quinta?

Até hoje ainda não consegui perceber. Será que para viver numa quinta é necessário ter o ar perdido ,de quem não sente o tempo a passar, dos pastores no campo? Ou será que teria que vestir umas jardineiras de ganga, colocar o chapéu de palha e ter as unhas carregadas de terra?
Se calhar foi esse o motivo do espanto, não me devem imaginar, se calhar, a mondar a terra, a apanhar as ervas daninhas ou a dar de comer às galinhas "umas porcas badalhocas" que às vezes mais valia estarem na panela de tanta porcaria que fazem. Enfim...deixo-vos por fim com a sua alegre figura, delas, as galinhas, e seus vizinhos de capoeira, a familia dos patos...Enjoy!


Patos porcalhocos!!!!








E suas vizinhas galinhas badalhocas!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Eu sei...



A minha música favorita chama-se "Eu sei..." e é cantada pela belíssima voz de Sara Tavares.
A letra da canção é inspirada no Salmo 139:

1 Senhor, tu me sondas, e me conheces.
2 Tu conheces o meu sentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
3 Esquadrinhas o meu andar, e o meu deitar, e conheces todos os meus caminhos.
4 Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces. 5 Tu me cercaste em volta, e puseste sobre mim a tua mão.
6 Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o
posso atingir.
7 Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença?

8 Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também.
9 Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
10 ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
11 Se eu disser: Ocultem-me as trevas; torne-se em noite a luz que me circunda;
12 nem ainda as trevas são escuras para ti, mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa.
13 Pois tu formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe.
14 Eu te louvarei, porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
15 Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e esmeradamente tecido nas profundezas da terra.
16 Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles.
17 E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles!
18 Se eu os contasse, seriam mais numerosos do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.
19 Oxalá que matasses o perverso, ó Deus, e que os homens sanguinários se apartassem de mim,
20 homens que se rebelam contra ti, e contra ti se levantam para o mal.
21 Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam? e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?
22 Odeio-os com ódio completo; tenho-os por inimigos.
23 Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos;
24 vê se há em mim algum caminho perverso, e guia-me pelo caminho eterno.

A letra da música é muito bonita. A primeira vez que a ouvi, senti que algo me enchia por dentro. Fui ao rubro. É realmente muito bonita e consegue derreter o coração mais duro e frio, senão lê:



"Se eu voar sem saber onde vou
se eu andar sem conhecer quem sou
se eu falar e a voz soar com amanhã
eu sei...

(refrão)

se eu beber dessa luz que apaga
a noite em mim
e se um dia eu disser
que já não quero estar aqui
só Deus sabe o que virá
só Deus sabe o que será
não há outro que conhece tudo o que acontece em mim
se a tristeza é mais profunda que a dor
se este dia já não tem sabor
e no pensar que tudo isto já pensei
eu sei...

(Refrão)

se eu beber dessa luz que apaga
a noite em mim
e se um dia eu disser
que já não quero estar aqui
só Deus o que direi
só Deus sabe o que serei
não há outro que conheça tudo o que acontece em mim

Se eu beber dessa luz que apaga

a noite em mim e se um dia eu disser

que já não quero estar aqui

na incerteza de saber

o que fazer, o que querer

mesmo sem nunca pensar

que um dia o vá expressar

não há outro que conhece tudo o que acontece em mim "

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Dia de Praia

Nem parece verdade mas hoje fui à praia!
Quando vivia no Alentejo, riscava os dias no calendário na fúria ansiosa pela chegada do verão para ir para a praia.
Quando me mudei para o Litoral pensei: "É agora que vou passar os dias na praia, até dormir se necessário!". Pois, engano o meu!

Não sei porquê mas o ser humano tem o estranho hábito de desdenhar o que tem por perto, que pode tocar...
O inatingível é sempre mais digno das nossas preces, das nossas angústias e suplicas. Isto transpõe-se para tudo na vida.
Foi uma tarde bem passada, tirando a parte da areia no biquini e dos litros de água salgada que engoli quando enganada pelas tropelias das ondas.
O melhor de tudo, foi ter feito as pazes contigo R ! Os mal entendidos só enegracem a nossa alma, a nossa amizade e apesar de não termos dito nada, sinto que as feridas sararam e que as ondas do mar levaram a mágoa e a tristeza que carregavamos no coração.

Foi sem dúvida, uma bela tarde!!!!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Momentos...

Há momentos na nossa vida que queremos estar sós...Há outros em que damos tudo para ter alguém com quem partilhar certos momentos que levamos no pensamento.
Hoje decidi partilhar um momento de um passado não muito longínquo.

Senti necessidade de o fazer, foi como se assim pudesse também partilhar as sensações, os sentimentos, os cheiros...
Só não partilhei contigo C, porque felizmente estavas de corpo e alma a partilhar aqueles momentos mágicos comigo...Achei que não precisava de te relembrar aquele fim de tarde...acho quem lá estava jamais irá esquecer, não concordas?

Hoje sinto-me particularmente enojada...com tudo...
É uma sensação que experimento pela primeira vez, pelo menos que me recorde...Sinto nojo da saudade, da traição, da desonestidade, da mentira, da desilusão...
Sinto vontade de partir, seguir em frente sem olhar para trás...Esta sensação já venho a sentir há algum tempo...

Toda a minha vida tenho colocado os outros em primeiro lugar, que me recorde, só me coloquei à frente da fila uma única vez, à pouco tempo...
Sabes que mais? Foi bom ter sido egoísta...pensar em mim, em mais ninguém para poder ser feliz!Se menti, se omiti, nada disso importa...Eu quis ser FELIZ...E embora agora agonize de saudade, de dor no coração, de lágrimas que teimam em cair sem parar...Valeu a pena e como diz o poeta "Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena".

É que eu e a minha alma temos uma simbiose única. Simples, sincera e frontal...Sentida, perdida e imortal...

domingo, 20 de julho de 2008

Tenta não chorar...

Hoje tinha este mail. Quando algo me toca o coração, gosto de o partilhar. Por isso, ao invés de o guardar, decidi colocá-lo aqui para que o possas ler.Eu não consegui deixar de chorar...


"Ela deu um pulo assim que viu o cirurgião a sair da sala de operações.
Perguntou:'Como é que está o meu filho? Ele vai ficar bom? Quando é que eu posso vê-lo?'
O cirurgião respondeu: 'Tenho pena. Fizémos tudo mas o seu filho não resistiu.
Sally perguntou: 'Porque razão é que as crianças pequenas tem cancro? Será que Deus não se preocupa? Aonde estavas Tu, Deus, quando o meu filho necessitava?'
O cirurgião perguntou:
'Quer algum tempo com o seu filho? Uma das enfermeiras irá trazê-lo dentro de alguns minutos e depois será transportado para a Universidade.'
Sally pediu à enfermeira para ficar com ela enquanto se despedia do seu filho. Passou os dedos pelo cabelo ruivo do seu filho.
'Quer um caracol dele?' Perguntou a enfermeira.
Sally abanou a cabeça afirmativamente. A enfermeira cortou o cabelo e colocou-o num saco de plástico, entregando-o a Sally.
"Foi ideia do Jimmy doar o seu corpo à Universidade porque assim talvez pudesse ajudar outra pessoa', disse Sally. No início eu disse que não, mas o Jimmy respondeu: 'Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino a ficar mais um dia com a sua mãe.' Ela continuou: 'O meu Jimmy tinha um coração de ouro. Estava sempre a pensar nos outros. Sempre disposto a ajudar, se pudesse.'
Depois de aí ter passado a maior parte dos últimos seis meses, Sally saiu do 'Hospital Children's Mercy' pela última vez.Colocou o saco com as coisas do seu filho no banco do carro ao lado dela.A viagem para casa foi muito difícil. Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia. Levou o saco com as coisas do Jimmy, incluindo o cabelo, para o quarto do seu filho. Começou a colocar os carros e as outras coisas no quarto exactamente nos locais onde ele sempre os teve. Deitou-se na cama dele, agarrou a almofada e chorou até que adormeceu.
Era quase meia-noite quando acordou e ao lado dela estava uma carta.
A carta dizia:

'Querida Mãe! Sei que vais ter muitas saudades minhas; mas não penses que me vou esquecer de ti, ou que vou deixar de te amar só porque não estou por perto para dizer 'Amo-te'. Eu vou sempre amar-te cada vez mais, Mãe, por cada dia que passe. Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia, se quiseres adoptar um menino para não ficares tão sozinha, por mim está bem. Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar. Mas se preferires uma menina, ela talvez não vá gostar das mesmas coisas que nós, rapazes, gostamos.
Vais ter que comprar bonecas e outras coisas que as meninas gostam, tu sabes. Não fiques triste a pensar em mim. Este lugar é mesmo fantástico. Os avós vieram ter comigo assim que eu cheguei para mo mostrar, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo. Os anjos são mesmo fixes. Adoro vê-los a voar. E sabes uma coisa?
O Jesus não parece nada como se vê nas fotos, embora quando o vi o tenha conhecido logo. Ele levou-me a visitar Deus! E sabes uma coisa? Sentei-me no colo d'Ele e falei com Ele, como se eu fosse uma pessoa importante. Foi quando lhe disse que queria escrever-te esta carta, para te dizer adeus e tudo mais. Mas eu já sabia que não era permitido. Mas sabes uma coisa Mãe? Deus entregou-me papel e a sua caneta pessoal para eu poder escrever-te esta carta. Acho que Gabriel é o anjo que te vai entregar a carta. Deus disse para eu responder a uma das perguntas que tu Lhe fizeste:
'Aonde estava Ele quando eu mais precisava ?' Deus disse que estava no mesmo sítio, tal e qual, quando o filho dele, Jesus, foi crucificado. Ele estava presente, tal e qual como está com todos os filhos dele. Mãe, só tu é que consegues ver o que eu escrevi, mais ninguém. As outras pessoas vêm este papel em branco. É mesmo fixe não é? Eu tenho que dar a caneta de volta a Deus para ele poder continuar a escrever no seu Livro da Vida. Esta noite vou jantar na mesma mesa com Jesus. Tenho a certeza que a comida vai ser boa. Estava quase a esquecer-me: já não tenho dores, o cancro já se foi embora. Ainda bem porque já não podia mais e Deus também não podia ver-me assim. Foi quando ele enviou o Anjo da Misericórdia para me vir buscar. O anjo disse que eu era uma encomenda especial! O que dizes a isto?'

Assinado com Amor de Deus, Jesus e de Mim"



"Era um anjo de Deus
que se perdera dos céus
e terra a terra voava.
A seta que lhe acertava partira
de arco traidor,
porque as penas que levava
não eram penas de amor.

O anjo caiu ferido
e se viu aos pés rendido
do tirano caçador.
De asa morta e sem esplendor
o triste peregrinando
por estes vales de dor,
andou gemendo e chorando.

Vi-o eu, o anjo dos céus,
o abandonado de Deus,
vi-o, nessa tropelia
que o mundo chama alegria,
vi-o a taça do prazer
pôr ao lábio que tremia
e só lágrimas beber.

Ninguém mais na terra o via,
era eu só que o conhecia
eu que já não posso amar!
Quem no havia de salvar?
Eu, que numa sepultura
me fora vivo enterrar?
Loucura! Ai, cega loucura!

Mas entre os anjos dos cêus
cantava um anjo ao seu Deus;
e remí-lo e resgatá-lo,
daquela infâmia salvá-lo
só força de amor podia.
Quem desse amor há-de amá-lo,
se ninguêm o conhecia?

Eu só, - e eu morto, eu descrido,
eu tive o arrojo atrevido
de amar um anjo sem luz.
Cravei-a eu nessa cruz
minha alma que renascia,
que toda em sua alma pus,
e o meu ser se dividia,

porque ela outra alma não tinha,
outra alma senão a minha...
tarde, ai! Tarde o conhecí,
porque eu o meu ser perdí,
e ele à vida não volveu...
da morte que eu morri
também o infeliz morreu."




Almeida Garrett

sábado, 19 de julho de 2008

Os meus babaus...

A pedido da minha amiga Safira, coloquei na barra ao lado as fotos dos meus babaus...
O primeiro, Benny, o Leão da Rodésia, é o terror cá do sítio, come que nem um alarve, é mau como os cornos, morde em todos os que lhe tentarem tirar a comida e até para comer e beber tem que se sentar, o obeso. O Vet bem diz que o tenho que pôr a fazer dieta, mas é mais fácil dizer que fazer.Ah, pois é...E ainda por cima, e agora Benny vou-te denunciar, vomita sempre que anda de carro, o maricas... Seguidamente, a linda Mary, a São Bernardo mais mimada do universo canino e arredores, palavras para quê? Já tem um post inteiro só para ela.

Pantufa, o Bichon Maltês, é hiperactivo. Veio passar umas férias quando a ex-dona foi operada a acabou ficando....Há mais de 2 anos. Já é parte fundamental da família, e tanto ele como a minha mãe nutrem um amor um pelo outro que até enjoa, bah...

Rex, o rafeiro, é o mais velho de todos, sugiu cá em casa cabia na palma da minha mão, numa altura em que eu não queria mais saber de cães porque ainda sofria de saudades da minha Teresa Vanessa, linda rafeira com um olho azul e outro castanho...
Por isso ficou como o cão de S. Excia. Reverendíssima, o sr. meu pai, por isso é que lhe chamo Rex, o cão (do) polícia...Perceberam a chalaça??

Finalmente, Woody, o cruzado de Labrador com Castro Laboreiro, o mais fiel e amigo de todos. O que encosta a cabeça no meu colo quando estou triste, o que brinca quando estou doidinha...o primeiro cão que tive depois de me curar da perda da Vanessa...Ainda me lembro quando o trouxe, eu tinha um casaco preto vestido e ele ali no meu colo, só se lhe distinguiam os fabulosos olhos expressivos cor de mel. É um verdadeiro amigo de 4 patas...

Velhice

Hoje, quando fui à esteticista, fazer aquelas coisas que julgamos serem necessárias para nos sentirmos melhor, pelo menos por fora, estavam no instituto (nome pomposo que quer dizer sítio de tortura),duas irmãs com idades entre os 70 e os 75 anos de idade.
Uma, a mais velha, uma autêntica grafonola, contava a sua vida a quem a quisesse ouvir, com os mínimos detalhes, os mais sórdidos e macabros, desde as suas unhas encravadas e que devido à diabetes tinha que as vir cortar à "Lena", até à amiga que morreu da dita doença e que já lhe haviam cortado as duas pernas.
A outra, mais surda que eu sei lá, não falava muito porque como já tinha falta daquele sentido não conseguia ter uma conversa com ninguém, então de vez em quando lá lhe saiam uma ou outra frase sem nexo, do género:
Irmã velha:- Hoje a Lena tem que me cortar bem os cascos, eh,eh,eh...
Irmã nova:- Sim ,quando chegar a casa vou regar os tomates!
Nós, perdidas de riso, disfarçavamos à custa de umas dentadas no lábio, a nossa vontade de largar grandes e sonoras gargalhadas...
Enfim, a terceira idade chega a todos e às vezes nem é preciso esperar tanto para começarmos a dizer tolices e idiotices...
Há muitos que na idade tenra da adolescência começam logo a demonstrar sintomas clínicos de uma velhice precoce, não física mas mental.
Aquelas duas senhoras, pelo contrário, apesar da lerdice que as caracterizava, conseguiram pôr um instituto de beleza a rir e todas as sofredoras aliviámos um bocado a tortura a que estavamos a ser sujeitas...
"When you are old and gray and full of sleep
and nodding by the fire, take down this book,
and slowly read, and dream of the soft look,
your eyes had once,and of their shadow deep"

By Yeats

Praia da Tocha



Vou falar-vos da minha aventura ontem na Praia da Tocha.

O núcleo duro, como gostamos de lhe chamar, com a falta de 2 elementos que serão severamante punidos com torturas corporais, combinou um jantar no Panorama, um dos restaurantes da região onde melhor se come, principalmente o prato "Terra e Mar", uma mistura de marisco e carne que é um verdadeiro manjar dos deuses.
A Manuela, que tem a "mania" dos hábitos correctos, como passar sempre na passadeira,mesmo no meio do deserto, teve a triste ideia de fazer uma longa caminhada pela areia da praia antes do jantar. A ideia original era uma caminhada à beira mar, no calçadão,mas como sempre alguém tinha que complicar as coisas, eh,eh,eh...
Fome e exercício físico, na minha enciclopédia, não funcionam muito bem em simultâneo.
Mas o passeio revelou ser muito relaxante e inspirador. Soltámos os nossos fantasmas...falámos do que nos afligia... e ainda fomos presenteados com a companhia repousante da água do mar...
Estes momentos são sempre bons para aliviarmos a nossa alma, abrir os nossos armários e deixar sair os esqueletos que nos assombram...
Depois de raptarmos a "mosqueteira" que faltava, lá fomos nós para saciar a nossa fome...e que fome!!!!
Mas lá diz o ditado "Não se deve ter mais olhos que barriga". o imaginam o banquete que nos apresentaram, comemos que nem uns mouros e a meio da refeição já ruminavamos que nem uns camelos...uns brutos...
O mais engraçado, é que o jantar, foi um segredo com algumas falhas de alguns LINGUARUDOS!Sim, estou a falar dos 2 meninos, vocês aí...
Não imaginam como foi engraçado, sempre que alguém conhecido entrava, pareciamos garotos a esconder-nos atrás dos garfos e das facas para que ninguém nos visse.Parecia um filme de espiões e detectives, bem ao género de James Bond ou Poirôt...
No final, para desfazer um pouco as nossas bossas carregadas de comida, mais uma caminhada. Desta vez brindados por uma maravilhosa Lua Cheia que nos piscava o olho lá de cima e que parecia dizer "Este luar é para vocês!!!"

De facto, foi uma noite maravilhosa! Por vezes é preciso estar com os amigos e saber apreciar os bons momentos que com eles passamos. Daqui a um ano quando cada um for para o seu lado e os nossos caminhos se separarem, vamos de certeza ter saudades destes bons momentos.
Quem disse que no local de trabalho não se criavam bons laços de amizade não tinha de facto a magnitude nem a clareza para conseguir atingir o facto de que talvez o problema partisse do seu coração de pedra e gelo, e não dos outros que, felizmente, podemos contar uns com os outros para nos apoioarmos nos bons e nos maus momentos.

Não se esqueçam, para a próxima é na Casa Pinha! Aí, não vamos precisar de nos esconder...vai perder a piada...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O peso da alma...


Hoje acordei com uma tristeza no coração.
Levantei-me, arrastei-me pela casa, como se aquele peso não me deixasse caminhar...
As lágrimas começaram a cair e eu sem sabes porquê tentei dar uma explicação para o facto de logo ali, ao levantar, me sentir tão angustiada...


"É do cansaço, de certeza!" pensei eu, tentado desculpar a minha fraqueza matinal...
Há dias, talvez semanas, que aguardo pacientemente por uma notícia, um sinal de que algo vai mudar...mas esse sinal não chega...o desespero aumenta...


Por entre noites mal dormidas, cansaço do trabalho, ando exausta...cansada...desmotivada...


Precisava sair daqui já...imediatamente...pegar no carro e seguir sem rumo para algum lugar bem longe daqui. Um lugar onde possa ser feliz...um lugar onde nada mais importe...onde tudo brilha, onde o sol uma vez na vida sorri apenas para mim...onde caminho na água e não tenho medo de me deixar levar pelo baloiçar das ondas.


Penso na minha vida e no que consegui até aqui, no que eu achava que me podia fazer feliz, um pouco...
Chego à conclusão que já nada me faz sorrir como dantes.
Sabes o que mais prazer me dá na vida?Um sorriso, rir e sorrir, dar uma gargalhada e partir...para longe...sem rumo...


Aqui há anos cruzei com alguém por um desses caminhos atribulados da vida, alguém que tal como eu, agora, andava perdido...
Perguntou-me:"Como consegues?". Eu fiquei ali a olhar para ele/ela, não interessa, sem perceber muito bem o que queria dizer com aquilo.
Por fim, depois de perceber o meu ar de quem não estava a entender, prosseguiu: "Como consegues estar sempre a sorrir? De certeza que tens momentos em que te apetece fazer exactamente o contrário!"
Aquelas palavras deixaram-me pensativa, por alguns instantes...efémeros...
Depois achei que não valia a pena dar importância, que devia ser algum(a) ressabiado(a). Li esta palavra num post da minha amiga Safira e adorei, já há algum tempo que não me lembrava dela, da palavra, claro!!!


Hoje percebo perfeitamente o que querias dizer naquele dia, amigo/amiga, não importa...
Os estados da alma são imensos, nem sempre os mais brilhantes, os mais puros, os mais bonitos de se ver...de se sentir...


Quando a alma acorda, pesada, triste...o nosso coração dá o primeiro sinal e não há sorriso que aguente muito tempo...
Ñessa altura, o coração manda um recadito aos olhos dizendo que a alma está carregada e que precisa aliviar o seu fardo. Os olhos então deixam as lágrimas, que purificam a alma e a tornam mais leve, mais brilhante...mais tolerante...


quarta-feira, 16 de julho de 2008

A minha próxima vida


Como já perecberam recebo todos os dias dezenas de mails. Há dias em que se recebe um mail que nos dá que pensar, que nos faz meditar...Hoje recebi este!Leiam com atenção.



"A minha próxima vida"


Por Woody Allen


"Na minha próxima vida quero vivê-la de trás para a frente. Começar morto para despachar logo esse assunto.

Depois acordar num lar de idosos e sentir-me melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a pensão e começar a trabalhar, receber logo um relógio de ouro no primeiro dia.

Trabalhar 40 anos até ser novo o suficiente para gozar a reforma.

Divertir-me, embebedar-me e ser de uma forma geral promíscuo, e depois estar pronto para o liceu.

Em seguida a primária, fica-se criança e brinca-se. Não temos responsabilidades e ficamos um bebé até nascermos.

Por fim, passamos 9 meses a flutuar num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quartos à descrição e um quarto maior de dia para dia e depois Voilá! Acaba com um orgasmo!

I rest my case."



Depois disto palavras para quê???I rest my case, also!!!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Mary


Hoje vou seguir o exemplo da minha amiga Safira e vou falar da minha peluda, a Mary.

A Mary entrou na minha vida tinha apenas 1 mês e 3kg, o que para uma são bernardo é absolutamente normal. A minha mãe bem me dizia "Não quero mais nenhum cão cá em casa!", mas quando viu aquela criatura tão linda, morreu logo de amor por ela, assim como todos cá em casa.

O Benny, o meu leão da Rodésia, a princípio, não achou muita piada, até então ele era o cassula do sítio, e esta ainda por cima não era cão, era outra coisa, outro cheiro que ele não identificava...era vê-lo a correr feito doido como se tratasse de um alien, que tolo.

Mas a Mary veio encher os nossos corações de alegria, desde pequena parecia entender tudo o que lhe diziamos. Quando ficou doente dias depois de ter chegado, entrei em desespero...Foi veterinário quase todos os dias. O vet, jeitoso, já dizia que ela era a sua cliente preferida e mais usual, pudera com a quantidade de vezes e euros que lá deixei...mas isso era secundário.


Foram semanas muito dificéis, a acordar às tantas da manhã para lhe dar o medicamento...Decidi logo à partida que ia ficar comigo no quarto para não ter que ir à rua que nem uma abandonada, de madrugada para lhe dar o dito comprimido...não é que a bicha tinha os sonos trocados??!!!


Durante a noite, entre vómito e diarreia só queria brincadeira e eu a querer dormir, com pena daquele ursinho de peluche, lá me ia arrastando noite fora...

Ainda bem que se curou rápido, porque de manhã quando a bicha adormecia, adivinhem quem tinha que se levantar? Pois, moi même...

E o que ela gosta de andar de carro? É de fazer parar o trânsito, com aquelas bochechas enormes ao vento e e babar-me o carro todo!!Um espectáculo!!!!

Mas valeu a pena, a minha Bubecas, como todos lhe chamamos cá em casa, é a nossa mais que tudo, e conta como membro da família, tal com os outros 4, claro! Mas ela é especial!!!

Hoje continua a dormir comigo, passados 5 anos, é a minha bodygard.Ronca que nem um alarve e até assobia, não fazem ideia ...E eu que até tinha sono leve, acabei por me habituar aos seus roncos...só a minha mãe continua a bater no tecto com a vassoura para ver se ela se cala um bocado, eh,eh,eh...desvantagens de dormir no rés do chão...
P'ra mim foi tiro e queda. Até é engraçado querer ver um filme e ter como banda sonora o ronco da Mary, ou estar a falar com alguém ao telefone e de repente esse alguém pergunta: "Mas quem é que está ai a ressonar ao pé de ti?" e eu na maior das inocências responder: "É a minha cadela!" e ninguém acreditar em mim...
Tenho culpa por acaso???

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Amigos verdadeiros????!!!



Desde há algum tempo que me tenho interrogado sobre esta história dos amigos verdadeiros.


Será que existem???Ou é uma verdadeira caça aos gambuzinos?


Senão vejamos...


Quando era pequena tinha sempre a minha melhor amiguinha por quem fazia tudo e ela por mim...até chegar uma outra menina que lhe mostrava uma boneca mais bonita que a minha e lá passava eu para segundo plano...

Depois...já gaja já feita...tinha também a minha melhor amiga, com quem ia para os copos, a quem contava todos os meus segredos, os mais secretos...até ela arranjar um namorado...

Nunca percebi o problema das mulheres em conseguir manter um namorado e uma amiga ao mesmo tempo. Será questão de insegurança???Não percebo!!!

Agora já em adulta, continuo com a mesma questão.

Aqui há tempos fui deparada com outro tipo de situação. Já ouviram a frase: " Mas ela é minha irmã há mais tempo!".

Isso lembra-me a chamada verdade de La Palice : " Estar vivo é o contrário de estar morto", dah....O óbvio é assim tão difícil de atingir para certas pessoas?

Mas quem disse que eu quero tomar o lugar da irmã, prima, namorado, cão, periquito...helloooooo!!!!!

Porque será que as pessoas teimam em desculpar os seus erros com desculpas idiotas????

Porque é que já não existem amigos do género da Heidi e da Clara, do Tom Swayer e do Huck, do Bell e do Sebastião...Será que a amizade é um privilégio apenas da ficção?

Não!!!Definitivamente, não acho que seja!

Existem de facto bons amigos, aqueles que ficamos anos sem ver, mas que de vez em quando falamos ao telefone, no msn, mandamos umas msgs...

Aqueles amigos por quem vale a pena morrer, sofrer, chorar de alegria e tristeza...Partilhar todos os momentos...

Aqueles amigos que por mais que não vejamos, passados 10 anos, cruzamos por eles na rua, olhamo-nos nos olhos e reconhecemo-nos logo, de imediato, como se não tivesse passado tempo nenhum...

E depois temos as boas surpresas, como eu tive este ano, de fazer mais uma amiga, do peito, daquelas, e atenção às más línguas, nada de segundas intenções, por quem morremos de "amizade" à primeira vista, com quem partilhamos os bons momentos...os pôr-do-sol(ois???)...as aventuras e desventuras de um regateio...um bom chá de menta com pinhões...

Carina, obrigada por me fazeres acreditar de novo que a amizade ainda existe...

Obrigada, Claúdia, por poder contar contigo depois de tantos anos sem nos vermos...

Obrigada, Nuno, pelas tuas palavras sempre com segundas intenções...

Obrigada, Nelson, por me apoiares sempre, apesar de tudo...

Obrigada, Zé António, nha cretcheu...

Obrigada, Tó Carlos, por me fazeres rir no dia de hoje que estava tão cinzento...

Obrigada, Mãe, por seres a minha maior mentora e por aturares todas as minhas birras...


Obrigada a todos os que apesar de não nomear aqui sabem que faria qualquer coisa por eles...

Obrigada, a todos os meus amigos que perto ou longe estão sempre dentro do meu coração...e que tornaram num momento especial, a minha vida mais colorida...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Tempo de ira


Hoje passei-me!!!!


Como é possível que haja pessoas que não fazem a ponta de um corno e depois têm a ousadia de duvidar do trabalho dos outros.

Estão a ver aquelas pessoas que têm que pedir licença a um pé para mexer o outro?
Pois...é dentro desse género mas pior ainda.

Se calhar também tenho culpa no cartório. Isto de gostar de ajudar os outros e de ser prestável, não funcionam com todas as pessoas...é que há sempre umas aves raras que por ofereceres a tua ajuda de vez em quando, abusam, e acham que tens que estar sempre pronta para...


Quando dizes que não ou respondes à altura, amuam e dizem que não gostas de ser contrariada ou que não estás nos teus dias...Curioso, não acham???!!


O que vale é que a minha rica mãezinha me deu uma educação primorosa...mas mãe, a malta não tem que aguentar tudo, pois não?...e de vez em quando lá tenho que descer do salto....

Enfim, a vida custa...Oh, se custa!!!!